Contos criados à partir de fotos Há alguns meses atrás, o fotógrafo desse clique, o Antônio Rocha, começou um projeto baseado no Primeira Vista do Instituto Moreira Salles. A escrita de um conto baseado em uma foto. Simples assim. Sem qualquer contexto dado. Escrevi duas histórias e empaquei na terceira…

Nesse dia 13/10, semana do meu aniversário, ganhei de presente a publicação digital do meu conto selecionado pelo Edital Arte como Respiro do Itaú Cultural no livro Como Folhas Secas. Foi um mini conto muito legal e um pouco triste de escrever. A proposta era escrever em 800 caracteres as perspectivas…

Essa semana entrei para uma oficina de narrativa na faculdade e lá postaram uma citação que me fez pensar em algumas questões. A citação é a seguinte: Viagem: todo movimento de aproximação de uma pessoa a outra. Movimentos de fuga não são viagens. — José Eduardo Agualusa Ontem fiz um…

Durante um grande tempo da minha vida eu li para conhecer lugares que eu só poderia conhecer com muitas horas de avião e bastante dinheiro envolvido e também por lugares inventados, é claro. Esses são alguns livros que eu me senti viajando enquanto eu estava deitada na minha rede. Flush — Uma Biografia de Virginia Woolf Virginia…

Um copo de cólera pro café da manhã. Me confino no mundo do confinamento. Sigo na corrente mundial, mas nem tanto. Me escondo nos pomares, nas montanhas pós apocalípticas. No fim do mundo eu me ergo. Me leio muda e cega. No fim do mundo eu fujo. Escuto sons perdidos na infância. Entre paredes filmo a ficção dos dias normais. FIlmo o cotidiano das trincheiras. Filmo o palácio que ordena o massacre.

435 Sou atraída por leitores que no ônibus, apesar de mil fatores, devoram enredos. Devoram-me sem querer Meus olhos brilham de prazer Posso ler com você? Isabel Lessa nasceu no Rio de Janeiro em 1999. É estudante de Letras na UFRJ e aspirante à escritora. Escreve poemas e contos desde a infância. Mantém um blog literário no Instagram chamado @livrandome.

Leãozinha, tu madre está em campo temendo o vento ateu. Ela me conta, sem certeza, Tudo o que viveu. Tomando banho de chuva, sutilmente, entre carnes baratas e camaleoas raptadas. Mandando telegramas Com histórias de marinheiros De corações ligeiros e partidos. Fugindo desse lugar pra chuva, pra fazenda, pra casinha de sapê. Isabel Lessa nasceu no Rio de Janeiro em 1999. É estudante de Letras na UFRJ e aspirante à escritora. Escreve poemas e contos desde a infância. Mantém um blog literário no Instagram chamado @livrandome.

Ontem quando estava quase dormindo me veio a ideia de um texto. Era boa, diria brilhante. Ficaria isolada no isolamento e em três dias escreveria a minha primeira obra prima. Pensei que o brilhantismo um mísero sono não seria capaz de destruir, que acordaria num salto, pegaria café e torradas e só sairia do quarto quando estivesse escrito o texto. Mas como meus sonhos mais performáticos minha obra prima se evaporou. Fugiu da minha cabeça a ideia recém criada, birra por ter sido momentaneamente ignorada. Dei adeus ao meu futuro melhor texto e agora escrevo esse como epitáfio da minha ideia desaparecida.

Escrevi esse poema antes disso tudo, quando a vida ainda era normal e andar pelas ruas não era um ato bélico. A poesia se adapta aos seus dias e o poema que antes tinha um sentido mudou completamente. Ando pelas ruas do Rio. Moro na frente do mar, mas não ligo. Ando pelas ruas do Rio sem rir um segundo. Vivo andando a esmo pelas ruas do Rio sem sentir o riso. Ando pelas ruas do Rio. Sem rumo ando,